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sexta-feira, 6 de maio de 2011

O sagrado que há na mulher e o poder dual que rege o universo


Na astrologia temos as deidades femininas mitológicas: a Lua, Vênus , essas deusas são remanescentes das trindade mitológica feminina. Em certas sociedades antigas e também indígenas, a Lua era considerada o Esposo e a mulher sua esposa, em outras sociedades a Lua era a própria Esposa e as mulheres suas filhas. Na Umbanda que conhecemos aqui no Brasil, temos em Iemanjá e toda sua linha, incluindo Iansã, Obá, Nanã, Oxum, Ewá e até Pombagira a representação da força feminina no universo.

O primeiro mito sobre o bebe humano fala de como o ser foi criado em sua extrema fragilidade e dependência de sua mãe, Umul, filho de Enki e Nimah - A mulher por semanas sozinha esperando o retorno dos homens que saíram caçar, e que contaria apenas consigo mesma e nada mais natural que aprendesse a se defender, a princípio uma faca, depois um arco e flecha, depois uma espada e logo estaria domesticando cavalos e animais para garantir sua subsistência e a de seus filhos, principalmente na ocorrência de seu companheiro ter morrido nas garras de alguma fera.

O homem também sempre se mostrou surpreso com o poder de adaptação do corpo da mulher ao longo dos tempos. Exemplos como o parto, pois expelir de si um ser de até 4 kilos ou mais até devia parecer no mínimo obra divina, e também sempre causou surpresa o sangue menstrual expelido todos os meses em sincronia com as fases da lua, sem dor ou cortes também deveria mesmo parecer algo sobrenatural aos  homens em todos os tempos.

Mais tarde na Babilônia o rei era considerado o representante divino na terra e as sacerdotisas seus veículos de informação, porquê sendo as matrizes da humanidade estavam a meio caminho entre o humano e o divino. O uso do termo “prostituição sagrada”, termo cunhado sob as idéias modernas de nossa sociedade (paternalista/patriarcal) deveria ser substituído por outro termo talvez “sexo sagrado”. Esse termo era usado por muitos maldosose preconceituosos para sacerdotizas que serviam aos templos sagrados e que invejosos ficavam tecendo definições erradas e malignas.

É possível que poseidon tenha sido herdado pelos gregos dos minoanos. Ele era a principal divindade dos iônios, que mais do que os outros gregos conservavam o sangue antigo. Réia era a divindade mais festejada na sua trindade- mãe-filha-velha ou jovem virgem- mãe e velha . Mas virgem aqui tem a conotação de não casada .Virgem como aspecto físico é algo recente.

Interessante em uma história de poder e conquista é que Sargon conta que era filho de uma sacerdotisa (elas eram proibidas de terem filhos e costumavam ser filhas de famílias abastadas e importantes.

Enheduanna, a filha do rei Sargon da Acádia (também chamado de rei Ágade) era uma sacerdotisa do deus lua (Sin) assim como tinha sido a mãe dele. Depois da morte de seu pai, um outro regente de Ur removeu-a do seu cargo de alta sacerdotisa e ela se expressa assim:

-“Minha ”bela boca” conhece só confusão”. Esta afirmação expressa que ela já não podia pronunciar o oráculo com perfeição por ter perdido o poder e a inspiração para fazê-lo.

A ciência da “adivinhação” ocupava um lugar privilegiado no universo intelectual dos mesopotâmios e paralelamente com esta “ciência” havia realizações importantes na matemática, como o de um símbolo para o zero. O acadiano é uma língua falada semelhante ao árabe moderno e ao hebraico, aqui se encontra a resposta porque a mitologia deles se mescla á dos hebreus. Combinava esta visão mágica e profunda e abrangente do mundo com um sólido senso comum. A arte e a ciência mesopotâmicas refletem perspectivas dualistas mágico-pragmáticas. Sua ciência combinava conhecimentos objetivos com rituais mágicos como no caso típico da astrologia, que associava observações astronômicas exatas com o calendário lunar de 12 meses e 30 dias e um mês intercalado a intervalos regulares com o pensamento mágico.

E assim admite-se com freqüência que as deidades femininas são mias antigas que as masculinas na mesopotâmia. Prega-se nas pesquisas misticas que o culto feminino como força criadora aquática, com ligações fortes com o mundo subterrâneo pode antedatar o de Ea -Enki. A água também é relacionada á sabedoria e á magia.

Ishtar – deusa irmã do deus lua Sin - (cidade Uruk) -é estrela Vênus, /amor e guerra, tem arma e leão. Innanna - (Uruk) um conto afirma que Enki guarda o “me” consigo. Innanna deseja tomar o me para si e foi até Enki. Ao recebê-la num banquete enbebeda-se com cerveja e a deusa parte com os atributos. “me” é um termo para designar as formas de comportamento social, leis, instituições, realeza, funções sacerdotais, ofícios , a música, relações sexuais, a prostituição,a velhice, a justiça, a paz, a calúnia, o perjúrio, as artes dos escribas, a inteligência e todo tipo de emoções e símbolos de carga emocional que serviam para regular o funcionamento do mundo.

Gula – deusa da cura e patrona dos doutores – representada como uma mulher sentada (ou de pé) com seu cão e estrelas atrás dela. Ninhursag – deusa sumeriana chamada de mãe dos deuses – é importante, mas já não aparece nas mitologias posteriores. Representada com um touro. Nisaba – a deusa conectada com grãos e a escrita

Nabu – deus escriba e patrono da escrita, seu animal é o dragão. Nanna – deus lua (Eridu). Lama – deusa invocada para proteção, veste roupa longa, está como em oração (e aparenta ser uma velha). Shamash – (cidade Sippar), deus do sol e justiça, seu animal é o cavalo e aparece atravessando o céu. Ea - (cidade de Eridu), deus da sabedoria, seu símbolo é o peixe-cabra. Sin - (cidade Ur), deus da lua crescente e representado nas costas de um touro á noite.

Com o advento de Marduk percebo o primeiro, ou mais forte sinal de resistência á divisão de tarefas divinas. Marduk é um mito recente, assim como a sociedade-estado/ ou cidade-estado. também os deuses ficavam á disposição dos governantes, caíssem nas suas graças ou nas suas necessidades era o tal deus /deusa que teria as honras da casa real.

Estes deuses dividem funções iguais para feminino–masculino da época primeva até uma certa data das dinastias, depois tantos os egípcios, quanto os mitos sumerianos principiam uma geração masculina com Marduk, assim como nos mitos gregos Saturnos e Júpiter o fazem e no mito Hebreu o faz Jeovah e no mito egípcio Hórus (...) E reis e faraós seriam sucessores/ representantes na terra do deus. Eridu estava estritamente ligada á Ur. Algumas cidades funcionavam como cidades gêmeas, uma como o centro simbólico e religioso, a outra como os bairros administrativos e residenciais. Percebemos uma dualidade: assim como na mitologia egípcia também ocorrem os deuses aos pares , mas muito mais harmônicos do que nos mitos gregos.

E assim em qualquer cultura, crença, mito ou região, a dualidade é interessante, importante e verdadeira. Engana-se aquele que se diz filho de um  unico orixá. Na verdade todos temos pai e mãe de cabeça. E ainda mais, temos a regencia de varios outros orixás, cada um como ministro de odús que controlam nossa vida, carma e destino, com finalidades e funções especificas. 

Viva importancia, forma sagrada e abençoada da mulher! Parabens a todas as mamães do mundo todo!

Carlinhos Lima

A Umbanda tem origens mais antigas do que se pensa, assim como a astrologia

No antigo Egito a ciência e os conceitos mitológicos estavam intimamente ligados e toda a ordem e o caos no mundo dependia do que ocorria com os deuses. A deificação das estrelas decanas para explicar as horas da noite, explicar o simbolismo conectado do amanhecer do dia, do sol, e com o amanhecer heliacal de Sírius.

“...O Céu dourado, céu dourado, é Ísis a mãe dos deuses, senhora do mundo primordial onde nasceram os deuses, tem seu lugar em Denderah...

A astrologia através dos tempos, usou a sensibilidade e intuitividadea, com sensitividade aliada a observação dos astros e com toda essa aplicação previa o destino, porém os astros eram definidos como deuses e deusas que habitavam por toda parte e na época podiam ser contados pela região do crescente fértil no Egito e havia mais de mil deuses. Praticada por todos os povos encontrou crítica pela sociedade romana que via na astrologia a retirada da responsabilidade civil do indivíduo.

Não por acaso, o Sol na forma de Rá, o doador de vida, é o luminar, o “ponto astrológico” mais conhecido e reverenciado na antiguidade e nos dias atuais, basta observar as colunas de jornais e revistas e manuais de astrologia. Funciona como o ponto de partida para todo o mapa. Somente rivaliza com a Lua. Temos então três partes a considerar a Terra, o céu e o submundo, os pontos cardeais, todos estes lugares eram povoados por deuses. Encontramos registros na tumba de Seth I de Júpiter , Saturno, Vênus , Mercúrio e Marte.

Atualmente ao visitar o Egito e os templos, os guias egípcios dão grande ênfase a Amon porque percebem nele correspondências com Allah, enfatizando para os turistas que ali também existia um deus único. Esquecem de afirmar que Amon estava vinculado a sua esposa Mut e a seu filho Konsu, formando com eles uma trindade muito conhecida e cultuada no mundo antigo, entre muitas outras trindades existentes. O deus solitário foi Atom, culto criado por Akhenaton. Aton, assim como Rá também ele um deus solar, era representado pelo disco solar e seus raios, e foi um culto rechaçado pelos sacerdotes egípcios que apenas admitiam sobre o solo egípcio seus múltiplos deuses e deusas. O sinal trino, o triângulo era a designação para o sexo feminino.

Antes de todos eles estava o culto da deusa cobra, a deusa serpente, Uadjet ou Uazit um culto de mulheres tão firme e forte que acabou por incomodar os hebreus, indo até parar num livro muito famoso que todos conhecem (Observe a paleta do rei serpente - 3.000 a C e as fotos do artigo). Esta deusa serpente aparece em todas as representações seja nas coroas do faraó seja nas estátuas de hathor representado que ela, a deusa abutre e hathor são do mesmo período. Julgavam que todas as serpentes fossem fêmeas e porque saíam do ventre da deusa Terra detinham os segredos ocultos desta deusa. Ísis usa uma serpente para fazer magia com Rá. A Íbis que representa Thot se alimentava das cobras que apareciam pelo Nilo depois das cheias protegendo os agricultores e dizia-se que por causa disto Thot absorvia a sabedoria oculta no submundo. Porém também houve a adaptação de deuses e deusas de outras terras, por exemplo, quando da época de Ramsés II adotaram a deusa de Qadesh, também pertencente a um culto da fertilidade. Também adotaram os cultos de Júpiter, Vênus e Ápis, deuses da época grega, já no fim do Império Egípcio, nem por isto foram cultos menos grandiosos.

Uma arte que sobreviveu a milhares de anos e a muitos impérios e civilizações apresenta hoje o desafio de sobreviver em meio a um mundo tecnológico que segue insensível as próprias necessidades. Mas não tenho dúvidas que assim como houve no princípio no futuro também sempre existirão astrólogos para nos orientar sobre nossa passagem na Terra e nos lembrar que somos pequenos deuses, espelhos do macrocosmo. Foi também com estes povos do oriente que os gregos aprenderam a fazer suas anotações astrológicas e criaram o horóscopo. Existem muitas conexões entre a sociedade minóica e os egípcios que os viam como um povo culto e avançado, desde antes da XVIII dinastia. 1.500 a C. A divinação astrológica não tinha objetivo adivinhar o futuro, mas orientar para o futuro e era uma prática muito difundida por todo o mundo antigo.

Enfim, muitas misturas, conexões e influencias que vemos hoje em dia tanto na astrologia como no proprio culto dos orixás tem também muito da mitologia de varios paises antigos e o Egito sem duvida teve muito a contribuir, tanto na busca da magia, quanto na fé na vida após a morte. Ou seja, nem tudo que conhecemos hoje na Umbanda, Candomblé e outros cultos, é exclusivo dos paises tradicionias da Africa ligados aos cultos nagôs ou yorubás. Na verdade muito do que se sabe da Umbanda profundamente esoterica, mistica e astrologica tem muito da influencia dos bramanes, dos egipcios e até do judaismo.

Carlinhos Lima
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